terça-feira, 15 de novembro de 2011

Entrevista com o brasileiro criador do instagram

E aí galera, tudo bem? Estava navegando por aí, e achei uma entrevista na UOL com o brasileiro Mike Krieger, de 25 anos que foi o criador de uns dos app mais baixados pelo iPhone, iPod e iPad, que é instagram, e achei bem legal compartilhar com vocês!



UOL : Você é brasileiro, mas seu nome não é nada brasileiro. Seus pais são estrangeiros ou eles simplesmente gostaram do nome Mike?
Mike Krieger: O meu nome na realidade é Michel, mas estranharam aqui nos EUA, pois fica muito parecido com o nome "Michelle". Então acabei adotando o nome Mike como meu apelido.

Instagram

  • Reprodução/Instagram
    Foto tirada no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, por Mike Krieger, cofundador do Instagram
UOL: Como você foi parar nos Estados Unidos?  E de onde surgiu a ideia de criar o Instagram?
Krieger: Eu fui aceito na universidade de Stanford, onde cursei a minha graduação e pós – a instituição tem um clima super legal de empreendedorismo, então tive contato com um monte de gente apaixonada pelo mundo de startups [empresas iniciantes do ramo de tecnologia – o Facebook, no início, era uma startup]. Depois de trabalhar por um ano e meio na Meebo, uma outra startup, fui convidado pelo meu amigo Kevin Systrom para fazer parte de uma empresa que ele estava montando.
No começo, a gente trabalhou num aplicativo chamado Burbn, que era uma rede social em que os usuários poderiam compartilhar a sua localização e também imagens, vídeos, planos para o fim de semana, etc. O produto era legal, mas muito complicado. Então, a gente passou por um processo de simplificação e acabamos lançando o Instagram, onde a gente buscou criar um programa simples e divertido.
UOL: O Instagram é um aplicativo gratuito e não tem propagandas. Você poderia, por favor, explicar como que o negócio é mantido?
Krieger: No começo, o Instagram foi sustentado por investidores-anjo [que colocam dinheiro em uma empresa – mesmo sem ser um negócio lucrativo a princípio – por acreditarem que o projeto algum dia vingue], mas em janeiro deste ano, recebemos um investimento maior (da Benchmark Capital), que é um fundo de investidores de maior porte.
Temos uma reunião marcada cada dois meses com os investidores, mas acabamos nos comunicando com bastante frequência, pois eles oferecem conselhos e dicas interessantes, baseadas nas experiências deles.
UOL:Quem são os investidores do Instagram? Vocês têm planos de ganhar dinheiro com o aplicativo?
Krieger: A Benchmark Capital, que também investiu no Twitter, e também a Baseline Ventures e a Andreessen Horowitz. Estamos pensando bastante em como ganhar dinheiro com o Instagram, mas ainda não anunciamos nada.

Krieger
: Sim. Estamos pesquisando outras plataformas, e recrutando engenheiros novos para trabalhar em um aplicativo de Android do Instagram.UOL Tecnologia: Existe a possibilidade de vocês desenvolverem uma versão do aplicativo para Android ou outras plataformas de smartphone?
UOL:Qual o tamanho da equipe do Instagram?
Krieger: Temos seis funcionários: três engenheiros, duas pessoas na área de suporte técnico, e uma pessoa trabalhando na área de negócios.
UOL: O alcance do Instagram chegou ao ponto de ter até exposições – em São Paulo, por exemplo, já teve uma dessas – baseadas em fotos “filtradas” pelo aplicativo. O que você acha disso?
Krieger: Adoro quando ouço noticias de exposições com fotos do Instagram. O maior elogio que nós recebemos é quando os nossos usuários nos contam que o Instagram mudou a maneira que eles veem o mundo.
UOL: Quantos usuários têm o Instagram? E qual é o país com o maior número de usuários?
Krieger: Já temos mais de 11 milhões de usuários no mundo. Não tenho um número específico de usuários brasileiros, mas o Brasil é o terceiro maior país usando o Instagram, depois dos Estados Unidos e do Japão.
UOL : Onde o Instagram quer chegar? E quais são os planos para o aplicativo social?
Krieger: Queremos ser a próxima grande rede social, com uma base na comunicação visual, e com um foco nos aparelhos celulares.
UOL: Qual o balanço que você faz deste um ano de Instagram [a empresa completou um ano no início de outubro]?
Krieger: Foi uma loucura este ano, mas só estamos no comecinho da nossa viagem como uma empresa.
Espero que vocês tenham gostado, até a próxima.

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